segunda-feira, 29 de junho de 2015

O NADA



Nada tem,
Nada pensa,
Nada fala,
Nada ouve,
Nada vê,
Nada toca.
Aliás, toca nada.

Nada faz,
Nada acontece,
Nada celebra.
Não é por nada.
É porque é nada,
Mas também nada é...

Será que o nada nada?
Certamente não.
Afinal, o vazio do nada se preenche de coisa alguma.
Nada por inteiro.
Universo de vazio.
É um tudo nada.

Sendo nada, nada perecerá.

sábado, 5 de outubro de 2013

Ah! O amor... o chamado sentimento mais nobre e o é com toda a razão. 
Só de pronunciar a palavra, conseguimos sentir toda uma gama de sensações maravilhosas.
Ao proferi-lo, nutrimos a alma. 

O amor é um sentimento que é nosso.
É o que sentimos pelo ser amado.
Já o amor que vem do ser amado é dele.
Por mais que fiquemos bem em sermos amados, é externo a nós.
Mas o amor que sentimos está dentro da gente, do tamanho que moldamos e alimentamos...

É nosso...
Ah! O amor... o chamado sentimento mais nobre e o é com toda a razão. 
Só de pronunciar a palavra, conseguimos sentir toda uma gama de sensações maravilhosas.
Ao proferi-lo, nutrimos a alma. 

O amor é um sentimento que é nosso.
É o que sentimos pelo ser amado.
Já o amor que vem do ser amado é dele.
Por mais que fiquemos bem em sermos amados, é externo a nós.
Mas o amor que sentimos está dentro da gente, do tamanho que moldamos e alimentamos...

É nosso...

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Algumas pequenas dicas...

Já na reta final do mestrado, pude ter uma visão privilegiada do passado do curso. Não dá para voltar e modificar as coisas, as decisões. O máximo que posso é falar para outros mestrandos, que estejam no início ou na metade do curso. Quem sabe eu ajude alguém! Por isso, sugiro algumas coisas, que estão listadas abaixo:

1 – Planejamento é uma das palavras de ordem para todo o tempo de estudo. No cronograma inicial e sua reformulação, não subestime o tempo de escrita se delongando no tempo de leitura. A escrita requer um tempo maior, vai por mim rs.
2 - Procure disciplinas que tenham diálogo com o tema da dissertação. Se isso não for possível, não sofra. Aproveite para ampliar seus conhecimentos. Pode ser importante para outras discussões do futuro acadêmico.
3 – Estabeleça uma ligação entre seu tema e o trabalho final das disciplinas. Talvez não seja útil para o texto da dissertação, dependendo do enfoque que você está dando, mas serve para ampliar as suas reflexões. Além disso, pode virar um artigo para publicação em periódico ou congresso.
4 - Não deixe a necessidade de publicação atrapalhar a escrita da dissertação. Um bom momento para as publicações e participações em eventos é no ano da qualificação e depois da escrita da dissertação. Mas aqui cabe uma ressalva, é bom participar como ouvinte de uns poucos encontros acadêmicos durante a escrita, pois enriquecem o exercício de questionamento e de pensamentos, que são importantes ao longo da escrita (e ao longo da vida).
5 – Complete as disciplinas antes da escrita da dissertação. Elas podem confundir a escrita, com outros pontos e ângulos, além de leituras extras ao seu trabalho dissertativo. Se não conseguir isso, não tem problema, apenas você precisará de mais foco e dedicação.
6 – Os fichamentos podem ser muito chatos de serem feitos. Seria bom deixarmos eles pra lá, “só que não” rs. Faça sempre que possível, eles serão valiosos na escrita e em projetos futuros. Nem sempre teremos tempo de uma releitura e podemos esquecer coisas importantes dos textos. Ainda nesse quesito existem as resenhas, que vão se constituindo em reflexões para a dissertação e também podem ser publicadas.
7 – Desde o momento que entrou no mestrado, vá refinando, sem pressa, o pré-projeto. Lembre-se ou saiba que você terá que apresentar um projeto mais delineado um ano depois, no momento de qualificação.
8 – O planejamento de tempo de estudo, contemplando aulas, escrita etc, assim como também de lazer, vai ser redesenhado ao longo do curso, mas ele é primordial para que os prazos sejam cumpridos e para que você não venha a se agoniar com uma possível falta de tempo hábil. Além disso, seguindo o planejamento à risca, conseguimos ter tempo para fazermos outras coisas que gostamos e estarmos com quem amamos, nem tudo é sacrifício sem fim rs.
9 – Você fará isto inúmeras vezes: propostas de sumário detalhado, antes da qualificação e depois, até mesmo durante a escrita. Contudo, se preocupe com elas, são necessárias para nortear a escrita do trabalho.
10 – Esteja atento às sugestões da banca de qualificação do projeto, elas serão muito úteis para o desenvolvimento do trabalho. Mas, acima de tudo, ouça bem o orientador. Na hora do furacão de cobranças e correções, a gente pode não perceber os auxílios e acabar pensando que pode ser implicância do orientador. Não é isso, salvo exceções. Ele tem mais experiência acadêmica que você, pode não saber a fundo o seu tema, mas sabe fazer pesquisa, sabe argumentar e construir textos acadêmicos há mais tempo que você. Você verá, com o tempo, que são contribuições preciosas.
11 – Alguns professores, em nosso tempo de formação, acabam nos “castrando” sobre as nossas impressões e interpretações sobre os estudos. Eles fizeram isso para que a gente se desprendesse do senso comum e buscasse ciência ou dados nas afirmações. Mas, agora, você obrigatoriamente deve se posicionar, explicar, delimitar, argumentar, tendo como comprovar, é claro! A palavra aqui é saber elaborar!
12 – O texto pode sempre ficar mais simples, com ideias mais objetivas e com argumentação evidente. Esqueça aqueles textos acadêmicos complexos e com frases enormes, os quais a gente se perde e tem dificuldade de compreensão. Isso não é para os fortes rs. Muitos menos para os fracos rs.
13 – Sabe aquela época que fazia um trabalho na noite anterior para entrega no dia seguinte? Acabou! Rs Na realidade, acabou há um bom tempo, né? rs O texto acadêmico precisa ficar mais refinado, mais elaborado. Para escrever não dá pra contar apenas com a inspiração que dá num dia indefinido. Aproveite a inspiração! Um caderninho deve estar sempre à mão para anotá-la. No entanto, escrever exige muitos pensamentos, reflexões, interpretações e criação de esquemas.
14- Se a elaboração do texto vai durar um bom tempo, a revisão vai exigir ainda mais tempo. Separe um bom tempo para elas e tenha um distanciamento da escrita. Dica: Escreva um capítulo e depois revise (leia alto, imprima etc), depois escreva outro capítulo e revise o capítulo anterior. Após escreva ainda outro capítulo, para depois reler o último. Lembre-se de revisar a dissertação na sequência, depois de finalizada, para ver se o encadeamento e a coesão estão bem.
15- Converse sobre o texto com outros amigos, professores, amores. Ao falarmos, traduzimos o texto para nós mesmos, encontramos nossas falhas, melhoramos a argumentação.
Bem por enquanto é isso!


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Por que existem altos e baixos? Por que a nossa vida é "recheada" por eles?


Eles existem, porque linha reta pro coração significa morte. Os altos e baixos servem pra trazer dinâmica, mostram que estamos vivos. Servem também para mostrar que nenhum alto e nenhum baixo será como algum outro que já passamos, isto é, eles são desproporcionais porque são únicos.
O alto aparece em êxtase, porque um dia estivemos no baixo.
O baixo aparece profundo para darmos valor ao alto.
Aprendemos mais no baixo que no alto. Portanto, há uma razão pedagógica nos altos e baixos também.
Depois do baixo, saltamos para o alto com intensidade mil. O sabor e as sensações desse movimento são indescritíveis...
Linha reta é previsibilidade, estabilidade.
Altos e baixos é movimento, transformação, é vida...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A História em travessia


A História, essa com “H” maiúsculo, está precisando sentar no divã e ter várias sessões de psicanálise. Ela está com vários traumas e assuntos mal-resolvidos. Está precisando analisar e reavaliar seu passado para minimizar algumas crises do presente. Assim, ela verá que o futuro desejado não é utópico, ou continuará com essa sensação do impossível se não estiver disposta a discutir seus fantasmas do passado.

O presente está do jeito que está, porque assim foi construído antes. É claro que a vida e o tempo possuem autonomia. Há a causalidade do passado, mas não é uma ligação direta de consequência previsível, às vezes o que se dá é exatamente o contrário, uma resposta inversa à sequência esperada. Isso tem a ver com essa autonomia do desenrolar da vida. No entanto, ainda há a relação direta com os fatos que sucederam.

A História precisa entender que as coisas não são tão naturais do jeito que ela imagina. Ela é responsável pelas atitudes e ações tomadas. Ela só poderá avançar para um período mais justo quando compreender que essa naturalização foi uma estratégia de perpetuação de situações e manutenção de determinada ordem. Isso tem atrapalhado a possibilidade de conscientização dos processos para que venham a acontecer transformações e rupturas.

Se a História fizer um esforço pra se lembrar, verá que sua situação atual é muito recente, em termos históricos mesmo. Se ela recordar, verá quantas reorganizações e quantas mudanças ela passou. Saberá, então, que outros futuros são possíveis, pois outros passados também foram.

Se a História se esforçar para reconhecer seu passado, verá quantos sujeitos ela não escutou ou desumanizou.

Se a História se repensar, verá que ela nunca foi História, verá que ela sempre foi histórias, assim em “h” minúsculo e no plural. Ela já está se percebendo dessa maneira, já está tendo avanços na terapia da vida temporal. Ela já está assimilando o fim da grande narrativa. Na sua multiplicidade, que pode parecer confusa para alguns, mas que está mais clara do que nunca para outros, ela encontrará novas situações e relações de viver o mundo. Com isso, sendo mais DEMOCRÁTICA...

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Tempo e morte - a roda viva da vida

Desta vida, não temos como carregar muitas certezas, mas duas são certas: o tempo vai passar e a gente, um dia, vai morrer. Essas duas certezas inexoráveis da vida nos garante que a mudança é possível. É possível, porque o tempo vai passar e as pessoas vão morrer e quando novas pessoas nascerem e os tempos já serem outros, a esperança que parecia ser vã pode, então, se concretizar. Talvez em passos curtos ou em alguns poucos degraus acima, no entanto, o movimento acontece, a sorte é sempre lançada pelo destino dos homens, feito pelos homens. 
O tempo nos ensina, nos amadurece, nos possibilita entender melhor as coisas. O tempo nos forma e nos reforma o tempo todo. Só o tempo mostra o que foi e como foi, embora, com o passar do tempo venhamos a dar novas interpretações a esse mesmo passado vivido e analisado. O bom da certeza de que o tempo passará é ter o alívio de que tristezas vão passar, que dores vão ficar pra trás, apesar de também sabermos que novas tristezas e novas dores ainda estarão por vir. Afinal, a vida é também tristeza e dor. Essas são formas didáticas de se entender a vida. E se o tempo passa, muita coisa passa, muita gente passa. O que damos importância hoje, talvez nem venhamos a lembrar amanhã, ou depois de amanhã. Ou o que não damos importância hoje, talvez venhamos a nos arrepender depois, exatamente porque tudo passa e se já passou, já foi, não volta mais. Ou até pode voltar, mas não será mais como antes, já será outra coisa.
Já a morte nos direciona, possibilita criarmos projetos, pode fazer a gente ser justo. Por isso que a morte precisa ser implacável. Assim, ela favorece a constante mudança, como também nos induz a ter iniciativa, a ter força de vontade de dar um sentido à vida. Tendo a nossa vida um sentido, a justiça se mostra como uma possibilidade, seja pelo medo de um castigo divino nesta, em outra ou além da vida, seja porque a nossa não-imortalidade simplesmente faz a gente querer corrigir coisas e pensar no futuro como herança para os "nossos". 
 E, afinal, o que deixamos para nosso futuro e para o futuro dos "nossos"? Ah! Isso dá um assunto infinito! Deixa a roda viva se mostrar... rsrs