quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Algumas pequenas dicas...

Já na reta final do mestrado, pude ter uma visão privilegiada do passado do curso. Não dá para voltar e modificar as coisas, as decisões. O máximo que posso é falar para outros mestrandos, que estejam no início ou na metade do curso. Quem sabe eu ajude alguém! Por isso, sugiro algumas coisas, que estão listadas abaixo:

1 – Planejamento é uma das palavras de ordem para todo o tempo de estudo. No cronograma inicial e sua reformulação, não subestime o tempo de escrita se delongando no tempo de leitura. A escrita requer um tempo maior, vai por mim rs.
2 - Procure disciplinas que tenham diálogo com o tema da dissertação. Se isso não for possível, não sofra. Aproveite para ampliar seus conhecimentos. Pode ser importante para outras discussões do futuro acadêmico.
3 – Estabeleça uma ligação entre seu tema e o trabalho final das disciplinas. Talvez não seja útil para o texto da dissertação, dependendo do enfoque que você está dando, mas serve para ampliar as suas reflexões. Além disso, pode virar um artigo para publicação em periódico ou congresso.
4 - Não deixe a necessidade de publicação atrapalhar a escrita da dissertação. Um bom momento para as publicações e participações em eventos é no ano da qualificação e depois da escrita da dissertação. Mas aqui cabe uma ressalva, é bom participar como ouvinte de uns poucos encontros acadêmicos durante a escrita, pois enriquecem o exercício de questionamento e de pensamentos, que são importantes ao longo da escrita (e ao longo da vida).
5 – Complete as disciplinas antes da escrita da dissertação. Elas podem confundir a escrita, com outros pontos e ângulos, além de leituras extras ao seu trabalho dissertativo. Se não conseguir isso, não tem problema, apenas você precisará de mais foco e dedicação.
6 – Os fichamentos podem ser muito chatos de serem feitos. Seria bom deixarmos eles pra lá, “só que não” rs. Faça sempre que possível, eles serão valiosos na escrita e em projetos futuros. Nem sempre teremos tempo de uma releitura e podemos esquecer coisas importantes dos textos. Ainda nesse quesito existem as resenhas, que vão se constituindo em reflexões para a dissertação e também podem ser publicadas.
7 – Desde o momento que entrou no mestrado, vá refinando, sem pressa, o pré-projeto. Lembre-se ou saiba que você terá que apresentar um projeto mais delineado um ano depois, no momento de qualificação.
8 – O planejamento de tempo de estudo, contemplando aulas, escrita etc, assim como também de lazer, vai ser redesenhado ao longo do curso, mas ele é primordial para que os prazos sejam cumpridos e para que você não venha a se agoniar com uma possível falta de tempo hábil. Além disso, seguindo o planejamento à risca, conseguimos ter tempo para fazermos outras coisas que gostamos e estarmos com quem amamos, nem tudo é sacrifício sem fim rs.
9 – Você fará isto inúmeras vezes: propostas de sumário detalhado, antes da qualificação e depois, até mesmo durante a escrita. Contudo, se preocupe com elas, são necessárias para nortear a escrita do trabalho.
10 – Esteja atento às sugestões da banca de qualificação do projeto, elas serão muito úteis para o desenvolvimento do trabalho. Mas, acima de tudo, ouça bem o orientador. Na hora do furacão de cobranças e correções, a gente pode não perceber os auxílios e acabar pensando que pode ser implicância do orientador. Não é isso, salvo exceções. Ele tem mais experiência acadêmica que você, pode não saber a fundo o seu tema, mas sabe fazer pesquisa, sabe argumentar e construir textos acadêmicos há mais tempo que você. Você verá, com o tempo, que são contribuições preciosas.
11 – Alguns professores, em nosso tempo de formação, acabam nos “castrando” sobre as nossas impressões e interpretações sobre os estudos. Eles fizeram isso para que a gente se desprendesse do senso comum e buscasse ciência ou dados nas afirmações. Mas, agora, você obrigatoriamente deve se posicionar, explicar, delimitar, argumentar, tendo como comprovar, é claro! A palavra aqui é saber elaborar!
12 – O texto pode sempre ficar mais simples, com ideias mais objetivas e com argumentação evidente. Esqueça aqueles textos acadêmicos complexos e com frases enormes, os quais a gente se perde e tem dificuldade de compreensão. Isso não é para os fortes rs. Muitos menos para os fracos rs.
13 – Sabe aquela época que fazia um trabalho na noite anterior para entrega no dia seguinte? Acabou! Rs Na realidade, acabou há um bom tempo, né? rs O texto acadêmico precisa ficar mais refinado, mais elaborado. Para escrever não dá pra contar apenas com a inspiração que dá num dia indefinido. Aproveite a inspiração! Um caderninho deve estar sempre à mão para anotá-la. No entanto, escrever exige muitos pensamentos, reflexões, interpretações e criação de esquemas.
14- Se a elaboração do texto vai durar um bom tempo, a revisão vai exigir ainda mais tempo. Separe um bom tempo para elas e tenha um distanciamento da escrita. Dica: Escreva um capítulo e depois revise (leia alto, imprima etc), depois escreva outro capítulo e revise o capítulo anterior. Após escreva ainda outro capítulo, para depois reler o último. Lembre-se de revisar a dissertação na sequência, depois de finalizada, para ver se o encadeamento e a coesão estão bem.
15- Converse sobre o texto com outros amigos, professores, amores. Ao falarmos, traduzimos o texto para nós mesmos, encontramos nossas falhas, melhoramos a argumentação.
Bem por enquanto é isso!


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