terça-feira, 13 de novembro de 2012

Tempo e morte - a roda viva da vida

Desta vida, não temos como carregar muitas certezas, mas duas são certas: o tempo vai passar e a gente, um dia, vai morrer. Essas duas certezas inexoráveis da vida nos garante que a mudança é possível. É possível, porque o tempo vai passar e as pessoas vão morrer e quando novas pessoas nascerem e os tempos já serem outros, a esperança que parecia ser vã pode, então, se concretizar. Talvez em passos curtos ou em alguns poucos degraus acima, no entanto, o movimento acontece, a sorte é sempre lançada pelo destino dos homens, feito pelos homens. 
O tempo nos ensina, nos amadurece, nos possibilita entender melhor as coisas. O tempo nos forma e nos reforma o tempo todo. Só o tempo mostra o que foi e como foi, embora, com o passar do tempo venhamos a dar novas interpretações a esse mesmo passado vivido e analisado. O bom da certeza de que o tempo passará é ter o alívio de que tristezas vão passar, que dores vão ficar pra trás, apesar de também sabermos que novas tristezas e novas dores ainda estarão por vir. Afinal, a vida é também tristeza e dor. Essas são formas didáticas de se entender a vida. E se o tempo passa, muita coisa passa, muita gente passa. O que damos importância hoje, talvez nem venhamos a lembrar amanhã, ou depois de amanhã. Ou o que não damos importância hoje, talvez venhamos a nos arrepender depois, exatamente porque tudo passa e se já passou, já foi, não volta mais. Ou até pode voltar, mas não será mais como antes, já será outra coisa.
Já a morte nos direciona, possibilita criarmos projetos, pode fazer a gente ser justo. Por isso que a morte precisa ser implacável. Assim, ela favorece a constante mudança, como também nos induz a ter iniciativa, a ter força de vontade de dar um sentido à vida. Tendo a nossa vida um sentido, a justiça se mostra como uma possibilidade, seja pelo medo de um castigo divino nesta, em outra ou além da vida, seja porque a nossa não-imortalidade simplesmente faz a gente querer corrigir coisas e pensar no futuro como herança para os "nossos". 
 E, afinal, o que deixamos para nosso futuro e para o futuro dos "nossos"? Ah! Isso dá um assunto infinito! Deixa a roda viva se mostrar... rsrs

domingo, 14 de outubro de 2012


A vida é como as canções,
Algumas alegres, outras tristes,
Algumas ansiosas e desejosas,
Outras calmas e serenas.
A vida pode ser resumida em canções,
Algumas de perda, outras de conquistas,
Algumas de vitórias, outras de caos.
A vida se enfeita em canções,
Algumas míticas e imaginadas,
Outras realistas criações.
A vida tem sua serenata,
É improviso de repente,
É cadenciada em passos de dança.
A vida é canção,
Cantada, chorada, engasgada, entoada e amada.

domingo, 29 de julho de 2012

Assim como da palavra nasce a vida,
A poesia se faz com o sorriso que ele me dá,
Que me enche de vida e conforta o coração.
Quanto mais aberto, mais ingênuo, mais verdadeiro é esse sorriso,
Mais a minha alma fica leve e as sensações do amor percorrem todo o meu sistema nervoso.
Apesar dos meus pés estarem fincados sob o chão, pela gravidade terrestre,
Esse amor me faz levitar, o calor, em decorrência, faz minha alma flutuar e, assim, os pensamentos voam...
Voam ao encontro do meu bem...